A ASSOCIAÇÃO ENTRE AS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO E A DIABETES MELLITUS TIPO 2: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
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https://doi.org/10.17564/2316-3151.2025v9n2p119-129Palavras-chave:
Infecções do Trato Urinário, Diabetes Mellitus Tipo 2, Complicações InfecciosasPublicado
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Copyright (c) 2025 Caderno de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde - UNIT - SERGIPE

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Resumo
Introdução: A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma desordem metabólica crônica caracterizada por hiperglicemia persistente, frequentemente associada a diversas complicações sistêmicas, incluindo maior predisposição a infecções. Dentre essas, as infecções do trato urinário (ITUs) destacam-se como comorbidades prevalentes e de impacto significativo tanto na saúde individual dos diabéticos quanto em custos para a saúde pública. Objetivo: investigar o atual estado da arte acerca da relação entre a diabetes mellitus tipo 2 e a ocorrência de infecções do trato urinário. Metodologia: Para responder à questão norteadora “Em pacientes diabéticos há maior frequência ou gravidade das infecções do trato urinário quando comparado a pacientes não diabéticos?”, foi realizada uma revisão integrativa. O levantamento dos artigos foi conduzido nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Cochrane Library. Resultados: Foram incluídos seis estudos internacionais. Os achados contemplam a prevalência e fatores de risco para essas infecções em indivíduos com DM2, incluindo aspectos como diferenças por sexo, agentes etiológicos envolvidos e taxas de hospitalização. Conclusão: Os resultados demonstram que indivíduos com DM2, especialmente mulheres e idosos apresentam maior ocorrência de infecções do trato urinário em comparação a não diabéticos, além de maior risco para formas assintomáticas dessas infecções. Destaca-se, portanto, a importância de medidas preventivas, como o monitoramento da função renal, o rastreamento da bacteriúria assintomática e o controle rigoroso da glicemia, com o objetivo de reduzir complicações e a morbimortalidade associadas às ITUs em pacientes diabéticos. Ressalta-se, ainda, a necessidade de mais estudos para aprofundar o conhecimento e orientar políticas de saúde pública mais eficazes.
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