INTERSECCIONALIDADE DAS DESIGUALDADES DE GÊNERO E DE RAÇA NOS CARGOS DE ELITE
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-381X.2016v5n1p27-38Palavras-chave:
Interseccionalidade. Gênero. Raça. Mercado de TrabalhoResumo
Quando focamos o mercado de trabalho, carece-se de an·lises mais aprofundadas e detalhadas que levem ‡ compreens„o dos padrıes de exclus„o da mulher seja ela preta, parda e branca, e que fazem com que elas, na maioria das vezes, ocupe um lugar predeterminado, qual seja, aqueles postos considerados de pior qualidade, e remuneraÁ„o, como balconistas, empregadas domÈsticas, trabalhadoras no comÈrcio etc. Em 2010 o Instituto Ethos, lanÁou a ìPesquisa Social, Racial e de GÍnero das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas AÁıes Afirmativasî. Constatou-se que a presenÁa de mulheres no quadro executivo/elite empresarial vem crescendo ìem um espaÁo historicamente inexpugn·vel para elaî. Em contrapartida, nesse universo executivo feminino, das 119 entrevistadas, apenas seis mulheres eram negras, de acordo com a classificaÁ„o do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÌstica (IBGE), isto È, eram ìtodas de cor pardaî. Tal fato n„o deixa d˙vidas quanto ‡ secular permanÍncia da discriminaÁ„o racial no mercado de trabalho, a ausÍncia de equidade e violaÁ„o dos direitos humanos.