REFLEXÕES ACERCA DOS IMPACTOS BIOPSICOSSOCIAIS DO VAZAMENTO DE ÓLEO NA COSTA BRASILEIRA
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https://doi.org/10.17564/2316-3798.2021v8n3p444-457Publicado
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Resumo
O debate acerca dos desastres e das situações de emergência ganhou destaque nos últimos anos, já que esses são eventos com alto potencial para desencadear uma série de consequências físicas, psíquicas e sociais. Objetivou-se discutir os aspectos biopsicossociais referentes ao derramamento de óleo em 2019 no litoral brasileiro. Trata-se de um estudo bibliográfico, realizado por meio de dados secundários, já coletados e analisados. Utilizou-se dados governamentais; não-governamentais; e estudos científicos publicados em periódicos com revisões por pares, com data de agosto de 2019, início da visualização do óleo no litoral brasileiro, até novembro de 2020, período de finalização deste. Como resultados discutidos, se iniciou através histórico do fato e as suas consequências socioambientais, danos à fauna e flora, assim como à vida daqueles que dependem das atividades no mar, como pescadores, consumidores e voluntários. Discutiram-se e foram evidenciadas fragilidades nas políticas ambientais brasileiras, principalmente no que tange ao Plano Nacional de Contingência, pelo retardo no acionamento deste. Evidenciou-se ainda a contribuição da Psicologia nas dimensões biopsicossociais, nas subjetividades e idiossincrasias dos seres humanos frente à resiliência, luto, noção de pertencimento/vínculo com o lugar e vulnerabilidades sociais. Conclusivamente, refletiu-se acerca do gap de ações governamentais amplas, que possam auxiliar na reparação de danos, na esfera humana, com ações focadas na dimensão biopsicossocial, ou voltadas a recuperação dos ecossistemas atingidos.