MAMOGRAFIAS DE RASTREAMENTO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: INCIDÊNCIA EM MULHERES DE 50 A 69 ANOS

Resumo

O câncer de mama representa o tipo mais prevalente de neoplasia maligna entre as mulheres no Brasil, além de uma maior taxa de mortalidade. A mamografia de rastreamento é preconizada pelo Ministério da Saúde para ser realizada bianualmente, na faixa etária de 50 a 69 anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a taxa estimada para a realização desse exame é de 70%, enquanto o Ministério da Saúde determina 50%, no entanto, esses valores não estão sendo atingidos no País. O objetivo do presente artigo foi avaliar a incidência da realização do exame de rastreamento no Brasil de 2019 a 2023. Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, realizada a partir de uma análise com foco quantitativo, mas também qualitativo. As pesquisas foram feitas nas bases de dados BVS Saúde e Google Acadêmico, com o uso dos descritores “Mammography”, “Incidence” e “Breast Neoplasms”, abrangendo artigos em português. Seguindo os resultados, os estados com baixas taxas de mamografias enfrentam falhas no tratamento do câncer de mama, com atrasos superiores a 60 dias. Apenas quatro estados (Paraná, Piauí, Sergipe e Espírito Santo) cumpriram esse prazo, evidenciando a urgência por políticas públicas eficazes para garantir o tratamento oportuno. Portanto, o controle do câncer de mama no Brasil tem avançado no SUS, especialmente através da mamografia, que é essencial para a prevenção e redução da mortalidade. No entanto, persistem desigualdades regionais no acesso ao exame, indicando a necessidade de políticas que ampliem a cobertura e que fortaleçam a Atenção Primária.