INFLUÊNCIA DA PROPENSÃO À PERDA NAS FINANÇAS PESSOAIS: PROPOSIÇÃO DE UM MODELO TEÓRICO-METODOLÓGICO
Resumo
No campo das Finanças Tradicionais, a racionalidade dos agentes econômicos é colocada como o aspecto central que norteia tal teoria. Contrapondo-se a essa perspectiva, as finanças comportamentais são colocadas como uma nova forma de análise e estudo dos eventos econômico-financeiros, levando-se em consideração não o fator da racionalidade total, mas sim, considerando os processos cognitivos e suas influências nas decisões dos investidores. Para tanto, este artigo, em formato de ensaio teórico, traz como objetivo propor um modelo teórico-metodológico que apresente fatores comportamentais que influenciam o processo decisório das pessoas no âmbito financeiro. Parte-se do pressuposto de que, ao desprender-se das finanças ditas “tradicionais” e encaminhar-se mediante a Behavior Finance, será possível interagir e observar as implicações do comportamento nas decisões financeiras. O modelo teórico-metodológico foi construído, tendo como base norteadora a Teoria do Prospecto, desenvolvida pelos pesquisadores Kahneman e Tversky em 1979, os quais ganharam o prêmio Nobel de economia no ano de 2002. Considerando-se neste estudo apenas a Propensão à Perda (um dos aspectos observados no estudo deles), foi possível identificar três dimensões, sendo elas: Dissonância Cognitiva, Orçamento Mental e Dor do Arrependimento. É possível notar nas dimensões identificadas, que o comportamento das pessoas, condicionadas por sua irracionalidade, podem direcionar as suas decisões financeiras, muitas das vezes de forma não intencional. Por fim, o modelo apresentado enseja na necessidade de ser aplicado em futuras pesquisas.
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