ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA TOXOPLASMOSE EM GESTANTES DO ESTADO DE SERGIPE, BRASIL
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https://doi.org/10.17564/2316-3798.2021v8n3p539-551Publié-e
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Résumé
Este estudo avaliou aspectos epidemiológicos da toxoplasmose em mulheres do estado de Sergipe atendidas pelo Programa de Proteção às Gestantes. Foi realizado um estudo transversal utilizando dados secundários de exames anti-Toxoplasma realizados entre 2014 e 2015 no Laboratório Central de Saúde Publica de Sergipe. Dados primários foram coletados de questionários aplicados a 186 gestantes atendidas no serviço estadual de Pré-Natal de Alto Risco. Um total de 17.171 exames sorológicos para detecção de anticorpos anti-Toxoplasma revelaram uma prevalência de gestantes com IgG reagente de 48,09%. Quanto a presença de anticorpos IgM, verificou-se uma prevalência 1,05%. Das 8.206 gestantes com IgG reagente, 14,9% eram do alto Sertão, 6,5% do médio sertão, 10,8% do Agreste Central, 16,9% do Baixo São Francisco, 8,4% da região Leste, 9% do Centro Sul, 20,8% do Sul e 12,7% da Grande Aracaju. Proporcionalmente ao número de gestantes por região geográfica, o Leste Sergipano apresentou maior prevalência (79%) de anticorpos IgG enquanto que o Agreste Central apresentou maior prevalência de gestantes susceptíveis (32%). Foi verificada uma associação significativa (p=0,031) e encontrada uma prevalência maior de IgG reagente entre mulheres acima de 40 anos e não reagentes na faixa etária até 20 anos. Não houve significância estatística entre a presença de anticorpos anti-Toxoplasma e as variáveis independentes, entretanto, observou-se uma tendência de associação da presença de anticorpos anti-Toxoplasma com o consumo de carne crua/mal cozida. Os resultados mostram a extensão da toxoplasmose em gestantes de Sergipe e indicam a necessidade de ações permanentes e efetivas de controle desta infecção.